sexta-feira, 8 de julho de 2011

A vida digital hoje e em 2015

 
Ao longo do semestre nesta unidade curricular, estudámos, reflectimos sobre os nossos adolescentes, sobre a forma como os mesmos controem a sua identidade social e que influência tem os media digitais nas suas vidas e na contrução das suas identidades.

O vídeo disponibilizado "What do we expect of the future- 2015?" apresenta-nos uma excelente perspectiva de como estaremos a ser influenciados num futuro muito próximo - 2015. As tecnologias apresentam-se num contexto de grande crescimento e numa perspectiva de gerar importantes mudanças de hábitos de vida num curto espaço de tempo. Deste modo, é perceptivel a existência de tantos estudos em redor dos media e da sua influência nas vidas dos jovens e da sociedade em geral.

Na fase final da elaboração deste portefólio, o referido vídeo é um bom pretexto para lançar um desafio de reflexão aos mestrandos de Comunicação Educacional e Multimédia mas também à Comunidade online:  Como responderão os adolescentes de 2011; entretanto estudados; às novas tecnologias em 2015?

Vejam o filme e façam as vossas reflexões.



Digital Life: Today & Tomorrow from Neo Labels on Vimeo.



Fonte:  http://www.njovem.com.br/blog/a-vida-digital-hoje-e-em-2015/

quinta-feira, 7 de julho de 2011

As gerações na internet

A Pew Internet realizou um trabalho de pesquisa do qual resultou a apresentação de um conjunto de gráficos (apresentados na imagem em baixo), bastante reveladores da forma como as várias gerações utilizam a Internet.

Deste modo, e voltando um pouco a início da unidade curricular, acerca da temática dos nativos digitais versus emigrantes digitais, este trabalho apresenta-nos um resultado muito próximo das nossas reflexões. Deste modo, e segundo a pesquisa 93% dos jovens que se encontram nas faixas etárias entre os 18 e os 33 anos encontram-se de forma activa online não se mantendo estes resultados nas gerações mais velhas.
Efectivamente no ano de 2011, perante BOOM das redes sociais e das suas potencialidades no contexto da socialização, ainda surge uma percentagem de 21% de adultos que não utiliza a internet, e entre estes 31% afirmam mesmo não revelar interesse pela rede mundial.

Durante o estudo dos textos Mark Prensky era evidente que os emigrantes digitais revelavam dificuldade em mudar os seus hábitos e a incluirem os meios tecnológicos da informação e da comunicação nas várias dimensões das suas vidas. Também nestes gráficos existe esse reflexo mostrando maior predosposição do grupo dos mais jovens em utilizar todas as formas de acesso à comunicação e à informação.



Em termos de utilização da rede Internet as várias gerações apresentam os mesmos motivos de utilização, assim, o uso do e-mail, as pesquisas de informações sobre saúde e outras de caracter geral são as mais comuns. A geração Y, ou também designados como nativos digitais, destacam ainda, o uso das redes sociais.

Contudo, existe um factor bastante relevante nesta pesquisa, as várias gerações mostram a mesma vontade em escrever e manter blogs e participar em mundos virtuais o que foi para mim uma supresa no contexto das gerações dos ditos emigrantes digitais, até porque, cerca de 21% dos adultos não mostra interesse pela Internet ou não tem computador.

 Gráfico de onde se retira algumas conclusões desta pesquisa:


Fonte:http://www.njovem.com.br/blog/as-geracoes-na-internet/

segunda-feira, 27 de junho de 2011

A segurança online

As tecnologias da informação e da comunicação, entre as quais a Internet, vieram modificar a forma de aprender, de trabalhar e de conviver das pessoas. Para os jovens esta forma de vida é uma realidade pois nasceram e cresceram em torno da tecnologia revelando uma facilidade acrescida em termos da utilização e da exploração das tecnologias e dos espaços online sem equacionar a sua segurança. Estes apresentam-se hoje perante as tecnologias como algo que dominam e que reconhecem as regras do uso responsável dos meios online, contudo quando navegam, apresentam posturas de risco colocando em perigo os seus dados e até as suas vidas.

 
É neste sentido que tem surgido várias iniciativas no país e na europa para que os utilizadores mais jovens, os educadores e pais estejam preparados para lidar com estas questões promovendo a consciencialização pública para uma utilização segura da Internet. Entre essas entidades estão a Agência para a Sociedade do Conhecimento, IP (UMIC), a Direcção Geral de Inovação e Desenvolvimento Curricular/ Equipa de Missão Computadores, Redes e Internet na Escolas (DGIDC/CRIE), a Fundação para a Computação Cientifica Nacional (FCCN), a Microsoft Portugal e a Safety.

Alguns dos projectos criados por estas entidades e que visam sensibilizar e apoiar pais, educadores, jovens e sociedade para a segurança online:

No ano de 2011 a campanha de sensibilização aos mais jovens para uma utilização segura e responsável das ferramentas disponíveis na Internet e dos telefones móveis tem como tema" "A Internet é mais do que um jogo, é a tua vida!".











      Guia Internet segura

      quinta-feira, 23 de junho de 2011

      As redes sociais segundo Danah Boyd

      Danah Boyd
      Danah Boyd investigadora sénior da Microsoft Research e professora adjunta da Universidade de New South Wales, dedica-se ao estudo e investigação dos medias sociais, ao uso de sites e de redes sociais por parte dos jovens e às interacções entre a tecnologia e a sociedade sendo considerada por muitos como uma das principais pesquisadoras a nível internacional a nível das redes sociais.
      Danah na sua tese de doutoramento realizou um estudo para perceber como os jovens se apresentam em interacção dentro das redes sociais nomeadamente no facebook e mySpace.

      Segundo a investigadora as pessoas gostam de estarem ligadas e partilharem pois isso dá-lhes status social. Segundo a mesma não foi a tecnologia que trouxe isso, mas sim, porque somos biologicamente programados para sermos sociais tendo os meios tecnológicos aumentado as possibilidades das relações e comunicações online. Se antes ter status social significava colocar uma roupa da moda, hoje, é estar em blogs, em redes sociais ou em sites de vídeo.


      Apresento alguns dos trabalhos realizados pela investigadora:

      Why Youth (Heart) Social Network Sites: The Role of Networked Publics in Teenage Social Life


      Social Network Sites: Definition, History, and Scholarship 



      O que os adolescentes estão a viver e à aprender com os media social

      Em 2009 no Penn State Simpósio de Ensino e Aprendizagem com Tecnologia, Danah Boyd apresentou o seu estudo/pesquisa sobre os adolescentes e os seus padrões no uso dos media social.

      segunda-feira, 20 de junho de 2011

      Os jovens e as Redes Sociais





      "Sobre os jovens e as Redes Sociais na Internet definimos"
       
      Em 2009 numa fase de acentuado crescimento das redes sociais  nas vidas dos jovens portugueses a Infocedi dedicou o boletim de Abril à temática das redes sociais. 
      O exelente artigo faz uma caracterização das redes sociais e de outros meios de comunicação online e identifica os principais perigos que as mesmas poderão representar para os jovens constituindo um bom referencial de boas práticas a implementar por parte dos pais e educadores por forma a prevenir situações de risco. O que é supreendente é que passados dois anos após a publicação do mesmo é notório a actualidade dos conceitos ali identificados.

      O boletim inicia com a referência a uma frase do jornal público que nos faz regressar ao conceito da identidade digital e a partir daí ponderar sobre que meios poderão nos dias de hoje influênciar a identidade social dos jovens:

      “Nasceram em 1990, mais coisa, menos coisa. Como é? Como é ter 17 anos hoje? É muitas coisas. Por exemplo, não lhes peçam para fazer uma coisa quando eles podem fazer várias. Por exemplo: ouvir música ou ter a TV ligada, trocar uma dúzia de frases no messenger sobre nada, deixar um comentário na página Hi5 de um amigo”
      [Jornal Público, 5 de Março de 2007]

      Infocedi14 os jovens e as redes sociais na internet

      Será que as redes sociais estão a substituir os blogues?


      Segundo o estudo "Producing Sites, Exploring Identities: Youth Online Authorship" de Susannah Stern criar páginas ou blogues por parte dos jovens é uma forma dos mesmos se projectarem socialmente na rede. A forma como controem páginas é entendida por muitos como um desafio. E é desse desafio que muitos deles encontraram uma forma de se darem a conhecer numa sociedade onde apenas a voz dos adultos é aceite como válida. Utilizarem os blogues é uma forma de procura do seu "eu" ainda em construção.

      No entanto, segundo alguns estudos encontramo-nos num momento de grandes mudanças tendo a expansão nos últimos anos das redes sociais contribuido para esse facto.
      O jornal New Work Times veio lançar recentemente essa discussão. Será que os blogues estão a deixar de ser utilizados? Segundo este jornal os blogues estão a passar para segundo plano pela simplicidade e rapidez das redes sociasi como Facebook, Twitter ou mesmo Friendfeed.

      No entanto, a maioria dos especialistas que estudam os media digitais consideram tratar-se apenas de especulação e dão mesmo exemplos: segundo eles a rádio não matou o telégrafo, a televisão não matou a rádio, o computador não matou a TV e assim por diante.

      Na verdade existe espaço para todos os meios de comunicação com as potencialidades que cada um poderá apresentar aos seus públicos em termos de comunicação/projecção. São entendidos como complementares e não como substitutos.

      Por exemplo, nos blogues o espaço para conteúdo é muito maior e tem a vantagem de que quem acede ao mesmo ser alguém que está disposto a ler o que foi colocado online. Na verdade um blogue quando atinge uma grande audiência e consegue elevados índices de subscrição via RSS, torna-se imbatível enquanto meio de divulgação de conteúdos.

      O Twitter é ideal para partilhar ficheiros e fotografias e para mensagens curtíssimas. Mas não permite divulgar textos longos. O mesmo se aplica ao Facebook. Quer o Twitter quer o Facebook são excelentes para quem não é capaz de construir ou manter um blogue com grande audiência. 
      Desta forma, é visivel que a utilização de cada um é atingir um público muito mais diversificado e que se relacionam de diferentes formas com a informação.

      domingo, 19 de junho de 2011

      Estudo sobre a Educação para os Media em Portugal


      A Entidade Reguladora para a Comunicação Social apresentou no dia 25 de Março, no âmbito do Congresso Nacional Literacia, Media e Cidadania, o estudo “Educação para os Media em Portugal: experiências, actores e contextos”, desenvolvido para a ERC pelo Centro de Estudos de Comunicação e Sociedade da Universidade do Minho, sob coordenação do Prof. Doutor Manuel Pinto.

      Este projecto visa realizar um levantamento de projectos, de iniciativas, de actividades e de experiências desenvolvidos nos últimos anos, identificando temáticas e actores e culminando com um conjunto de recomendações e orientações tendentes à promoção da educação para os media no país, com base nos resultados obtidos. É, assim, um importante documento disponível aos professores e outros educadores sobre a importância dos media e sobre as potencialidades que poderão os mesmos criar no contexto educativo.

      A Unidade Curricular de Media Digitais e Socialização deste mestrado também é referenciado neste estudo no âmbito das universidades que propõem aos seus alunos o tratamento destes temas. Passo a citar a referência: "Em relação ao 2º Ciclo (de Comunicação Educacional e Multimédia) existe a UC de opção “Media Digitais e Socialização”, em que se procura reflectir sobre a influência da utilização quotidiana dos media digitais nos processos de socialização das gerações mais jovens."




      Fonte: Seguranet

      Relatório do uso dos media pelas crianças e jovens Portugueses


      Os investigadores Gustavo Cardoso, Rita Espanha e Tiago Lapa do Centro de Investigação e Estudos em Sociologia, Instituto Superior de Ciências do Trabalho e da Empresa realizaram em 2007 um inquérito online a jovens com idade até ao 18 anos, metade frequentadores do ensino secundário e residentes em casa dos seus pais.

      O objectivo deste inquérito foi analisar e compreender os comportamentos em termos de uso dos media por parte dos jovens portugueses. Neste sentido, tentou-se perceber os seus hábitos em relação à televisão, aos jogos, à internet e ao telemóvel.
      Neste âmbito foi elaborada uma análise das utilizações da internet; dos sites e dos temas pesquisados, da frequência de uso, dos tempos de uso, das consequências do uso tendo-se identificado ainda os padrões de oportunidades e riscos.

      Para além disso, o estudo pretendeu analisar a percepção que os jovens têm da utilidade das TIC e da confiança que depositam nas novas tecnologias. O estudo visou ainda comparar a forma como os jovens e os pais lidavam com a evolução das tecnologias e que potenciais conflitos poderiam surgir entre os membros da família (de gerações diferentes).

      Algumas das conclusões deste relatório realizado em 2007 deixava antever as transformações que a sociedade juvenil em portugal iria assumir com a propriação das tecnologias e dos media tecnológicos, nomeadamente a nível do uso da internet, da criação dos blogues e do uso dos telemóveis.

      Este relatório de 2007 é assim o advento reflectido nos dias de hoje tendo sido possível identificar muitos dos aspectos apresentados neste trabalho de investigação com os inquéritos elaborados aos jovens no âmbito da actividade 4 da unidade curricular, de onde saliento:


      Em relação à Internet e às tecnologias em geral: 

      "...Entre os adolescentes mais familiarizados com o uso da internet, grande parte afirmam
      serem eles que mais sabem sobre internet em casa. "... Tudo isto poderá baralhar as relações tradicionais de poder em casa, fazendo com que a utilização das novas tecnologias por parte dos jovens gere focos de incerteza para os pais na aplicação de regras e de controlo sobre os filhos. Estudos sugerem mesmo o aumento do conflito entre pais e adolescentes em famílias onde o adolescente é considerado o peritona utilização dos novos media e em especial da internet. Adiantam ainda a hipótese de os conflitos serem maiores quando há pressão dos pais para reduzir a autonomia do adolescente, controlando o acesso à internet, e quando mostram reacções negativassobre o uso da mesma."

      Em relação aos telemóveis:

      "...A habituação ao telemóvel é visível em 57% dos jovens
      portugueses inquiridos que concordam ou concordam totalmente com a frase “Sinto-me
      muito ansioso/a quando não posso ter o meu telemóvel”."
      "...A situação em que uma maior percentagem de jovens declaram ter por hábito desligar o
      telemóvel é quando estão nas aulas (40,8%), seguida da situação em que os jovens se
      encontram no cinema (39,7%). Apenas uma minoria dos jovens declaram que desligam
      o telemóvel quando estão a estudar (18,6%) ou quando estão em família, às refeições, a
      ver televisão, etc. (11,4%).
      Uma fracção ligeiramente superior de rapazes afirma que desligam o telemóvel quando
      estão nas aulas (43,8%), em comparação com 36,9% das raparigas."

      Em relação aos blogues:

      "...Note-se que entre os inquiridos online mais de metade
      já fez um blogue e depreende-se que uma percentagem maior de inquiridos sabe que o é
      um blogue e que já visitou blogues."




      E-Generaration - Os usos de media pelas crianças e jovens em Portugal



      domingo, 15 de maio de 2011

      Os adolescentes e a Internet

      A investigadora Sandra Manuela Palhares no âmbito da sua tese de mestrado em Educação e Multimédia sobre a temática " A Internet e a Educação para a Sexualidade: uma actividade on-line", dedicou o capítulo 2 à análise da importância da Internet no desenvolvimento dos adolescentes.  A relevância deste estudo, ainda que possua dados ultrapassados é a relação dos jovens que tem com a Internet independentemente do período, mostrando como este meio tencológico desde cedo despertou nos mais jovens uma necessidade de uso. Para além disso, independetemente do período os jovens adolecentes mostraram relativamente à Internet os mesmos interesses e objectivos. 

      Deste modo, é visivel que este meio tecnológico sempre despertou interesse nos jovens pela facilidade de utilização, sendo atraídos pelas salas de chat e pelos jogos on-line e onde podem experimentar e desempenhar diferentes papéis, assim como, estabelecer relações com pessoas que partilham os mesmos interesses. Para além disso, a possibilidade de uso do mundo virtual num contexto de anonimato possibilita-lhes um maior grau de desinibição.  

      Como é referido no estudo citando Wallace (2001) que a  "A Internet é um laboratório da identidade cheio de personagens, audiências e suportes para novas experiências" tornando-se de um dos meios de comunicação e de estabelecimento de relações preferidos pelos adolescentes.

      Este estudo faz ainda uma referência ao uso dos telemóveis e à importância que os mesmos desempenham na vida dos adolescentes, tendo a autora apresentado um estudo estatístico de que 92% dos alunos portugueses do 11º ano de escolaridade em 2003 possuia telemóvel.

       

      sábado, 14 de maio de 2011

      Identidade na Adolescência - O Porquê dos adolescentes crirem páginas?

       
      O vídeo é uma breve reflexão sobre a importância da criação dos blogues e de páginas pessoais na construção da identidade dos adolescentes. A presença online para além da curiosidade, dos desafios tecnológicos, a necessidade de marcação da presença é uma oportunidade que os jovens sentem de poderem interagir, nomeadamente numa sociedade e cultura onde a opinião dos adultos é mais aceite.

      Deste modo, estes espaços representam para estes jovens criadores um espaço, mas também um tempo de reflexão sobre o seu "eu".
      Mas os jovens expõem-se em auto-apresentações por terem necessidade de serem aceites socialmente pelo público a que se destina a sua produção ou expressão online. Deste modo, ao exporem-se de forma autentica, pretendem obter do seu público um feedback.
      As preocupações dos adolescentes sobre a auto-aceitação motiva-os a procurar um feedback que garanta que não estão sozinhos nos seus pensamentos, sentimentos e experiências.

      Construção da Identidade na Adolescência


      David Buckingham é professor de Educação no Instituto de Educação, da Universidade de Londres, e fundador e director do Centro para Estudos de Crianças, Jovens e Media. Ele é um dos principais pesquisadores internacionais sobre as crianças e as interacções dos jovens com os media, e sobre os media na educação.  Foi mesmo pioneiro na pesquisa dos media na educação em salas de aula do Reino Unido.
      Ele já dirigiu inúmeros projectos de investigação sobre estas questões e é autor, co-autor ou editor de dezoito livros, Children Talking Television (1993), Moving Images (1996), TThe Making of Citizens (2000) and After the Death of Childhood (2000) and Media Education (2003) . 



      Os Nativos Digitais Portugueses

      O documento “ Nativos Digitais portugueses: idade, experiência e esferas de utilização das TIC” trata-se de um relatório realizado com base em dados facultados pelo INE pela investigadora Maria João Taborda , sob a coordenação científica de Rita Espanha e Gustavo Cardoso. Este relatório  é na verdade uma proposta de discussão para se perceber até que ponto os jovens portugueses são de facto nativos digitais e se existem diferenças de utilização da Internet entre as faixas dos 10 aos 15 e dos 16 aos 74 anos.

      O relatório assenta em bases comparativas das práticas dos jovens portugueses com a restante população do país tendo se chegado a estes resultados através de um inquérito extensivo por questionário através de uma entrevista realizada em computador.


      Entre os resultados obtidos neste relatório realço os seguintes aspectos para se perceber se os jovens portugueses revelam características de nativo digital:

      Este relatório teve como base o estudo do comportamento das faixas etárias já referenciadas no que se refere aos seguintes aspectos:
      •  Jovens utilizadores de computador
      • Frequência de utilização do computador
      • Locais de utilização do computador
      • Actividades realizadas no computador
      • Jovens utilizadores da  Internet(por zona, genéro)
      • Frequência de utilização da Internet
      • Frequência média de utilização da Internet nos primeiros meses do ano
      • Locais de utilização da Internet, por tipo de localidade
      • Actividades realizadas na Internet
      • Actividades realizadas no telemóvel

      Deste relatório realizado já em 2008 pode-se verificar alguns aspectos relevantes sobre a questão dos nativos digitais portugueses, mas também algumas tendências da utilização dos meios tecnológicos que se verificam actualmente como uma realidade. É de salientar que nesta altura os acessos a  computadores e à internet tratavam-se de investimentos caros havendo muitos jovens que não possuíam computador em casa tendo apenas acesso ao mesmo na escola. Foi com o programa E-escola que alguns dos aspectos que se apresentavam como tendências vieram a concretizar-se como evidências na utilização dos meios digitais portugueses. 

      Deste relatório destaco alguns aspectos relevantes:
      • Na faixa etária dos 10 aos 15 anos o número de utilizadores de computador aproxima-se dos 98,5%
      • Quanto à utilização do computador nos primeiros três meses do ano, mais de dois terços dos jovens dos 10 aos 15 anos (67,8%) utiliza com regularidade diária ou quase diária.
      • Quanto às actividades realizadas no computador os mais jovens declararam a realização de trabalhos escolares (92,4%), seguindo-se as actividades de entretenimento como jogar (80,1%) e ouvir música/ver filmes.
      • Do total de inquiridos entre os 10 e os 15 anos, 95% declararam já ter alguma vez utilizado Internet.
      • Quanto à frequência da utilização da Internet os mais jovens declararam 54,5% utilizaram todos os dias ou quase todos os dias.
      • Quanto às actividades desenvolvidas na Internet os mais jovens residentes em território nacional apresentaram como principais actividades a procura de informação para fins escolares (97%). Cerca de três quartos da população inquirida utilizavam a Internet para comunicar através de instant messaging (73,5%). Em terceiro lugar no ranking de actividades surge o envio e recepção de e-mails (69,9%), em quarto lugar (57,9% dos utilizadores) está a consulta de sites de interesse pessoal. É apreciável a parcela de jovens que afirma fazer download.

      quarta-feira, 11 de maio de 2011

      Nativos Digitais

      "Um desafio para a Educação"

      Da autoria de alunas do mestrado " Supervisão Pedagógica em Ensino das Ciências" da Universidade do Minho o video "Um desafio para a Educação" baseado nos textos de Marc Prensky levanta um conjunto de questões sobre a relação nativos digitais, professores e escola.

      Começando por caracterizar os nativos digitais passou-se aos desafios que a escola enfrenta actualmente para responder aos interesses e características dos alunos com estas características. Uma escola aberta, criativa e desafiante onde identificasse as competências para o futuro e não para o passado considerando que a tecnologia são ferramentas que funcionam como extensões do cérebro dos nativos. Actualmente esta nova geração de alunos, comunica, pesquisa, troca, socializa, programa, partilha, cria, aprende, diverte-se utilizando estes meios e onde a escola e os seus professores tem de potenciar oportunidades auto-direccionadas, ambientes interactivos, várias formas de feedback, tarefas que utilizem diferentes recursos e uma aproximação ao ensino mais prático e cooperativo. Para isso é lançado o desafio aos professores para quebrar barreiras  e resistências aproveitando as habilidades dos nativos digitais integrado-os no seu processo de aprendizagem.

      sexta-feira, 22 de abril de 2011

      Nativos Digitais versus Emigrantes Digitais

      O vídeo:Fronteiras digitais III




      As Tecnologias da Informação e da Comunicação trouxeram uma nova forma de aquisição do conhecimento e do desenvolvimento de competências.

      Para isto contribuiu o avanço tecnológico e a facilidade de acesso à tecnologia, no entanto, os jovens vivem actualmente uma dualidade, utilizam com facilidade os meios tecnolgógicos, mas os seus educadores vivem ou revelam dificuldade em se adaptar à forma de trabalho introduzido pelas novas tecnologias. Este vídeo de João Passarinho Netto permite-nos fazer uma análise à forma como o jovem vive com forte inclusão dos meios tecnológicos mas com a imposição que ainda lhe é imposta pelos ditos emigrantes digitais.

      O vídeo: Palestra "O Professor e a Tecnologia" - Prof. Jhony Yamada




      O vídeo "O Professor e a Tecnologia" é uma boa reflexão para os educadores de hoje, para muitos, emigrantes digitais, sobre a forma como os seus alunos aprendem hoje e sobre a forma como estão preparados para este gigantesco desafio. Os nativos digitais usam, aprendem, trabalham, pesquisam, fazem compras, convivem com forte inclusão dos meios tecnológicos e com esta forma de estar introduziram uma nova forma de aprender e de adquirem o conhecimento e é nesse contexto que os seus professores terão de lhes proporcionar novos recursos, novos desenhos de aulas, novas estratégias e novas metodologias da aprendizagem.

      quinta-feira, 21 de abril de 2011

      Os mitos sobre os nativos digitais

      Perfil do Estudante Digital
      Nas pesquisas que realizei encontrei um portal português - A escolinha http://escolinhas.pt/home  onde apresenta vários assuntos e artigos referentes à educação dos jovens e a sua relação com os media. Este projecto para mim representa um marco importante no papel dos professores que num contexto colaborativo poderão encontrar formas de desenharem e projectarem aulas com espaços privados ou públicos respondendo a muitas das exigências dos alunos de hoje.

      Saliento um artigo sobre os Mitos do Nativos Digitais, que se encontra numa área pública e de acesso livre, realizado por Abhijit Kadle; investigador com algumas referências em desenhos de conteúdos digitais com fins pedagógicos; que publicou recentemente no Upside Learning Blog um post onde tenta desfazer segundo ele, alguns mitos associados aos nativos digitais.

      Deste modo, destaco os mitos referenciados por este autor e que os autores do projecto das escolinhas alojaram neste portal traduzido e com acesso a pais e educadores.
      "
      Mitos:
      • 1º mito: Os nativos digitais são indivíduos solitários e socialmente pouco competentes: esta ideia pode aparentar ser verdadeira observando uma criança ou adolescente que passa grande parte do seu tempo livre em frente a um computador. A realidade, no entanto, desmente esta ideia. Os jovens de hoje estabelecem relações sociais mas fazem-no de mais formas, usando as tecnologias de informação e comunicação como agentes de mediação. Conseguem inclusivamente estabelecer relações para além dos espaços físicos que habitualmente frequentam (escola e área de residência). E, para além da socialização digital, não deixam de socializar presencialmente. McGonigal (2011) refere ainda que a maior parte dos jovens de idade inferior a 18 anos quando joga em linha prefere fazê-lo com pessoas que já conhecem o que significa que as formas de relacionamento tradicionais não são desconhecidas dos nativos digitais.
      • 2º mito: Os nativos digitais têm vidas sedentárias: em parte, é verdade, mas isso é uma tendência da sociedade actual e não necessariamente uma característica exclusiva dos nativos digitais. Algumas das consolas de jogos actuais, com formas de interacção baseadas em gestos naturais, são uma forma de estimular a actividade física num contexto virtual havendo inclusivamente jogos desenhados exclusivamente para esse efeito. Destes, podem beneficiar quer os nativos digitais quer as outras gerações.
      • 3º mito: Os nativos digitais estão desligados do mundo real: na verdade, o conceito de “real” e “virtual” é mais difuso para esta geração. A existência de fronteiras indistintas entre real e virtual é algo de estranho para as gerações mais velhas mas natural para os nativos digitais. Estes, não perdem o contacto com o mundo real simplesmente integram o real e o virtual numa só realidade.
      • 4º mito: Os nativos digitais possuem défices de atenção: é uma ideia que poderá ser consequência do funcionamento em multitarefa característico dos nativos digitais e que pode aparentar falta de concentração na execução das tarefas individuais. No entanto, os nativos digitais conseguem de facto funcionar dessa forma. Kadle reforça ainda os seus argumentos com a atitude de persistência e de envolvimento que se encontra nos nativos digitais perante a utilização de um videojogo. A concentração existe desde que a tarefa seja suficientemente motivadora, algo que também é defendido por Jane McGonigal.
      • 5º mito: Os nativos digitais são iletrados: mais uma vez, Kadle reconhece alguma verdade neste mito mas discute o que se deve entender por literacia num mundo digital. Os nativos digitais são competentes no que diz respeito à literacia digital, ou seja, o domínio e compreensão da informação digital, embora possuam falhas no que diz respeito ao conceito mais tradicional de literacia. No mundo digital, qual será a forma de literacia mais importante?"
       
      Achei particulamente interessante o facto dos mitos apresentados por Abhijit Kadle serem muitos dos aspectos manifestados nos comentários dos mestrandos deste curso e que segundo o autor do artigo os nossos jovens demonstram que apenas possuem características distintas das gerações anteriores exigindo aos educadores de hoje encontrar novas novas estratégias, novos desenhos de aulas para que os jovens de hoje possam num futuro próximo serem adultos produtivos e utilizarem os meios tecnológicos de forma adequada e integrada no seu trabalho melhorando a competitividade do país no contexto universal.

      Fonte do documento:
      • Blogue da plataforma escolinhas - http://info.escolinhas.pt/2011/04/
      • Documentos da plataforma moodle na unidade curricular de Medias Digitais e Socalização.

      Referências:

      • Kadle, A. (2011). 5 Myths About Digital Natives, Upside Learning Blog, visto em 8 de Abril de 2011.
      •  McGonigal, J. (2011). Reality is Broken: Why Games Make Us Better and How They Can Change the World, Penguin Books.

      terça-feira, 12 de abril de 2011

      Elaboração do e-portefólio


       
      Foi, assim, proposto para cada actividade desta unidade curricular:
      1. Elaborar um comentário pessoal acerca da realização da actividade, focando aspectos como: as dificuldades sentidas durante a realização da actividade, os conhecimentos adquiridos, a pertinência da actividade para a aprendizagem, entre outros; 
      2. Apresentar recursos complementares que ilustrem a actividade/temática trabalhada (vídeos, sites, bandas desenhadas, artigos bibliográficos, entre outros) com respectiva justificação.
      • Análise e reflexão final pessoal sobre o percurso realizado na Unidade Curricular, referindo aspectos como: conhecimentos teóricos adquiridos, dificuldades sentidas, aspectos positivos e negativos da UC, a pertinência da UC para a formação, entre outros.