Objectivo: Caracterizar a utilização social dos media digitais pelos jovens e sua relação com o processo pessoal de construção de identidade e socialização.
Competências: Capacidade de análise e interpretação da perspectiva juvenil acerca da utilização social dos media digitais. O que fazer?
( Actividade Individual)
1º) Análise no Fórum A 4, de um guião de entrevista sobre utilização social dos media digitais. Recolha de contribuições para o desenho da versão final deste documento. Fórum A4 ( 30 de maio a 08 de junho);
2º) Realização de entrevista a 2 jovens (masculino e feminino), com base no guião de entrevista definitivo;
3º) Análise e interpretação da mesma (suportada por excertos) à luz do quadro teórico trabalhado na Actividade 2 e 3. Apresentação dos resultados em power point e envio dos protocolos de respostas obtidos nas entrevistas realizadas. Fórum A4 até 15 de junho;
4º) Discussão conjunta em Fórum das análises realizadas, entre os dias 15 a 19 de Junho.
Entrevistas
Participação nos fóruns
Re: Contribuições | |
Olá Marina: Acho muito pertinente a tua questão: Quanto tempo dedicas à navegação na internet?. Por mim acrescentava esta ao guião. Lisete |
Re: Feedback sobre o Fórum !!!! | |
Boa tarde a todos: Entre outros aspectos gostaria de começar por analisar uma questão apresentada pela professora Daniela porque para mim em termos das várias entrevistas foi o aspecto que mais me supreendeu. Analisando então a questão: “Tendo em conta a enorme importância que os media digitais têm na construção da identidade, qual o nível de confiança que os jovens dão à informação que é fornecida na internet?” A Internet é um hoje um espaço de alojamento e de difusão rápida da informação, permitindo que os indivíduos tenham um meio quase planetário de informação a circular e de acesso imediato. Contudo perceber, equacionar e questionar a veracidade da mesma deverá fazer parte do crescimento dos indivíduos, assim como, questionar, reflectir sobre as vantagens e sobre as consequências da disponibilização de informação pessoal. No entanto foi notório a importante percentagem de jovens entrevistados que afirmaram acreditar/confiar na informação divulgada na internet, muitos destes jovens já com uma idade em que o questionamento sobre a fidedignidade da informação que circula na Internet deveria ser uma realidade, nomeadamente, na procura de respostas sobre as origens da informação, sobre os autores da mesma e sobre os locais de alojamento. Para além disso, muitos jovens revelaram dar grande importância à disponibilização de informação pessoal manifestando necessidade em estarem presentes e mostrarem quem eram os seus amigos e o que eram capazes de realizar/criar na rede mundial. Em termos da construção da identidade a forma como se assumem perante a informação pelos acessos ou disponibilização poderá em alguns aspectos referenciar os jovens e adultos que serão, sendo visível já pelas respostas que os jovens que assumem o controlo sobre a informação revelam comportamentos já preventivos, mostram-se muito mais exigentes com aquilo que disponibilizam e com a informação que pretendem obter da rede. Isto foi visível em jovens que são controlados pelos pais ou que o público alvo das duas páginas são os amigos offline e família. Apesar de ser notório as diferenças de comportamento e já formas de actuar na rede a verdade é que somos seres que necessitamos de manter ligações sociais e de comunicação e dessa forma qualquer que seja a estrutura de presença, os jovens de hoje e adultos de amanhã continuarão a estar presentes online, poderá apenas ser de forma diferente, pois ao longo do seu crescimento apresentaram-se de forma diferente e sem que se tenham apercebido, essa forma de actuar, é o reflexo real da construção da sua identidade. Bom trabalho para todos. Lisete |
Reflexão final da actividade
A actividade quatro teve como objectivo caracterizar a utilização social dos media digitais pelos jovens e sua relação com o processo pessoal da construção de identidade e socialização. Para isso foram realizadas entrevistas a jovens num contexto individual e posteriormente foi apresentado um comentário individual no fórum 4 em formato de conclusão por comparação com outro trabalho. Esta actividade foi, assim, dividida em quatro fases: elaboração de um guião, realização das entrevistas e tratamento dos dados e finalmente a discussão em grupo dos resultados obtidos individualmente.
A elaboração do guião num contexto de colaboração online foi desafiante, pois tratou-se da minha primeira experiência na realização de um trabalho colaborativo a distância com tantos elementos envolvidos. Perspectivei que esta forma de trabalho não viesse a correr bem, contudo a forma como todos se envolveram apresentando sugestões de melhoria sobre o que estava realizado revelou-se bastante produtivo.
Em termos da realização das entrevistas não foi para mim difícil utilizei uma metodologia de entrevista em formato de papel a dois jovens do sexo oposto, ambos frequentadores do 12º ano e com a mesma idade. Esta actividade apresentou-me respostas muito curiosas, pelas contradições e pelo pouco sentido que faziam nas faixas etárias estudadas; tendo referido isso mesmo no meu trabalho e nas discussões que fui mantendo no grupo.
Em termos de discussão e comparação de trabalhos, analisei cuidadosamente todos os trabalhos tendo decidido escolher o estudo da colega Natália, pelas proximidades com o meu, nomeadamente a nível, da idade, frequência do ano escolar e do tipo de formação.
Em termos gerais considero que a temática exigia um trabalho mais aprofundado,com amostras mais significativas em termos do número de pessoas e realizado por várias faixas etárias.
No entanto, no conjunto das respostas, ainda que por vezes divergentes e até contraditórias foi notório as seguintes conclusões:
- Os meios tecnológicos são parte integrante nas vidas dos jovens, assim como, a forma de viver online e isso é perceptível independentemente da localização geográfica. É possível verificar na forma e no tempo a utilização da rede internet e dos meios tecnológicos, como o computador e telemóvel. Utilizam os meios tecnológicos e a rede internet para comunicar, socializar, partilhar informações, jogar, criar, alguns realizam compras. Para além disso a maioria deles demonstraram desenvolver as suas competências sozinhos o que revela naturalidade e facilidade na utilização e exploração das tecnologias.
- Foi visível a necessidade de projecção social através da criação de blog´s ou páginas pessoais. Nestas partilham informação pessoal como idade, cidade onde vivem, música, livros, fotografias, alguns mesmo, a família e permitem comentários. Os jovens demonstram assim, a sua necessidade de projecção social, sendo notório alguma necessidade em receber um feedback sobre o seu espaço. Sobre esta questão é relevante a proximidade das conclusões chegadas com os aspectos apresentados por Susannah Stern sobre a utilização de páginas e blogues.
- Existe algum conhecimento sobre a segurança online, no entanto, é bastante reveladora a facilidade e a frequência com que os jovens, nomeadamente os rapazes quebram os limites da segurança, enquanto as raparigas são mais cautelosas. No entanto, e independentemente destes aspectos os jovens deixam transparecer que a rede internet é um espaço de liberdade sendo isso visível no uso que fazem da Internet, do tipo de informação que disponibilizam, da disponibilidade em estabelecer relações com estranhos, na construção e manutenção de páginas e blogues e na escolha que fazem dos seus públicos.
- Este trabalho permitiu ainda avaliar o papel dos pais e dos educadores no processo da construção da identidade dos jovens. Os jovens que tem algum controlo dos seus pais reconhecem o seu papel mostrando um conhecimento mais realista sobre a utilização e alojamento da informação. A forma como encaram a utilização da Internet é muito mais responsável sendo estes muito mais prevenidos e preparados para enfrentar os perigos existentes na rede mundial do que aqueles que revelam não ter controlo dos seus pais em termos de uso das tecnologias.