segunda-feira, 27 de junho de 2011

A segurança online

As tecnologias da informação e da comunicação, entre as quais a Internet, vieram modificar a forma de aprender, de trabalhar e de conviver das pessoas. Para os jovens esta forma de vida é uma realidade pois nasceram e cresceram em torno da tecnologia revelando uma facilidade acrescida em termos da utilização e da exploração das tecnologias e dos espaços online sem equacionar a sua segurança. Estes apresentam-se hoje perante as tecnologias como algo que dominam e que reconhecem as regras do uso responsável dos meios online, contudo quando navegam, apresentam posturas de risco colocando em perigo os seus dados e até as suas vidas.

 
É neste sentido que tem surgido várias iniciativas no país e na europa para que os utilizadores mais jovens, os educadores e pais estejam preparados para lidar com estas questões promovendo a consciencialização pública para uma utilização segura da Internet. Entre essas entidades estão a Agência para a Sociedade do Conhecimento, IP (UMIC), a Direcção Geral de Inovação e Desenvolvimento Curricular/ Equipa de Missão Computadores, Redes e Internet na Escolas (DGIDC/CRIE), a Fundação para a Computação Cientifica Nacional (FCCN), a Microsoft Portugal e a Safety.

Alguns dos projectos criados por estas entidades e que visam sensibilizar e apoiar pais, educadores, jovens e sociedade para a segurança online:

No ano de 2011 a campanha de sensibilização aos mais jovens para uma utilização segura e responsável das ferramentas disponíveis na Internet e dos telefones móveis tem como tema" "A Internet é mais do que um jogo, é a tua vida!".











      Guia Internet segura

      quinta-feira, 23 de junho de 2011

      As redes sociais segundo Danah Boyd

      Danah Boyd
      Danah Boyd investigadora sénior da Microsoft Research e professora adjunta da Universidade de New South Wales, dedica-se ao estudo e investigação dos medias sociais, ao uso de sites e de redes sociais por parte dos jovens e às interacções entre a tecnologia e a sociedade sendo considerada por muitos como uma das principais pesquisadoras a nível internacional a nível das redes sociais.
      Danah na sua tese de doutoramento realizou um estudo para perceber como os jovens se apresentam em interacção dentro das redes sociais nomeadamente no facebook e mySpace.

      Segundo a investigadora as pessoas gostam de estarem ligadas e partilharem pois isso dá-lhes status social. Segundo a mesma não foi a tecnologia que trouxe isso, mas sim, porque somos biologicamente programados para sermos sociais tendo os meios tecnológicos aumentado as possibilidades das relações e comunicações online. Se antes ter status social significava colocar uma roupa da moda, hoje, é estar em blogs, em redes sociais ou em sites de vídeo.


      Apresento alguns dos trabalhos realizados pela investigadora:

      Why Youth (Heart) Social Network Sites: The Role of Networked Publics in Teenage Social Life


      Social Network Sites: Definition, History, and Scholarship 



      O que os adolescentes estão a viver e à aprender com os media social

      Em 2009 no Penn State Simpósio de Ensino e Aprendizagem com Tecnologia, Danah Boyd apresentou o seu estudo/pesquisa sobre os adolescentes e os seus padrões no uso dos media social.

      segunda-feira, 20 de junho de 2011

      Os jovens e as Redes Sociais





      "Sobre os jovens e as Redes Sociais na Internet definimos"
       
      Em 2009 numa fase de acentuado crescimento das redes sociais  nas vidas dos jovens portugueses a Infocedi dedicou o boletim de Abril à temática das redes sociais. 
      O exelente artigo faz uma caracterização das redes sociais e de outros meios de comunicação online e identifica os principais perigos que as mesmas poderão representar para os jovens constituindo um bom referencial de boas práticas a implementar por parte dos pais e educadores por forma a prevenir situações de risco. O que é supreendente é que passados dois anos após a publicação do mesmo é notório a actualidade dos conceitos ali identificados.

      O boletim inicia com a referência a uma frase do jornal público que nos faz regressar ao conceito da identidade digital e a partir daí ponderar sobre que meios poderão nos dias de hoje influênciar a identidade social dos jovens:

      “Nasceram em 1990, mais coisa, menos coisa. Como é? Como é ter 17 anos hoje? É muitas coisas. Por exemplo, não lhes peçam para fazer uma coisa quando eles podem fazer várias. Por exemplo: ouvir música ou ter a TV ligada, trocar uma dúzia de frases no messenger sobre nada, deixar um comentário na página Hi5 de um amigo”
      [Jornal Público, 5 de Março de 2007]

      Infocedi14 os jovens e as redes sociais na internet

      Será que as redes sociais estão a substituir os blogues?


      Segundo o estudo "Producing Sites, Exploring Identities: Youth Online Authorship" de Susannah Stern criar páginas ou blogues por parte dos jovens é uma forma dos mesmos se projectarem socialmente na rede. A forma como controem páginas é entendida por muitos como um desafio. E é desse desafio que muitos deles encontraram uma forma de se darem a conhecer numa sociedade onde apenas a voz dos adultos é aceite como válida. Utilizarem os blogues é uma forma de procura do seu "eu" ainda em construção.

      No entanto, segundo alguns estudos encontramo-nos num momento de grandes mudanças tendo a expansão nos últimos anos das redes sociais contribuido para esse facto.
      O jornal New Work Times veio lançar recentemente essa discussão. Será que os blogues estão a deixar de ser utilizados? Segundo este jornal os blogues estão a passar para segundo plano pela simplicidade e rapidez das redes sociasi como Facebook, Twitter ou mesmo Friendfeed.

      No entanto, a maioria dos especialistas que estudam os media digitais consideram tratar-se apenas de especulação e dão mesmo exemplos: segundo eles a rádio não matou o telégrafo, a televisão não matou a rádio, o computador não matou a TV e assim por diante.

      Na verdade existe espaço para todos os meios de comunicação com as potencialidades que cada um poderá apresentar aos seus públicos em termos de comunicação/projecção. São entendidos como complementares e não como substitutos.

      Por exemplo, nos blogues o espaço para conteúdo é muito maior e tem a vantagem de que quem acede ao mesmo ser alguém que está disposto a ler o que foi colocado online. Na verdade um blogue quando atinge uma grande audiência e consegue elevados índices de subscrição via RSS, torna-se imbatível enquanto meio de divulgação de conteúdos.

      O Twitter é ideal para partilhar ficheiros e fotografias e para mensagens curtíssimas. Mas não permite divulgar textos longos. O mesmo se aplica ao Facebook. Quer o Twitter quer o Facebook são excelentes para quem não é capaz de construir ou manter um blogue com grande audiência. 
      Desta forma, é visivel que a utilização de cada um é atingir um público muito mais diversificado e que se relacionam de diferentes formas com a informação.

      domingo, 19 de junho de 2011

      Estudo sobre a Educação para os Media em Portugal


      A Entidade Reguladora para a Comunicação Social apresentou no dia 25 de Março, no âmbito do Congresso Nacional Literacia, Media e Cidadania, o estudo “Educação para os Media em Portugal: experiências, actores e contextos”, desenvolvido para a ERC pelo Centro de Estudos de Comunicação e Sociedade da Universidade do Minho, sob coordenação do Prof. Doutor Manuel Pinto.

      Este projecto visa realizar um levantamento de projectos, de iniciativas, de actividades e de experiências desenvolvidos nos últimos anos, identificando temáticas e actores e culminando com um conjunto de recomendações e orientações tendentes à promoção da educação para os media no país, com base nos resultados obtidos. É, assim, um importante documento disponível aos professores e outros educadores sobre a importância dos media e sobre as potencialidades que poderão os mesmos criar no contexto educativo.

      A Unidade Curricular de Media Digitais e Socialização deste mestrado também é referenciado neste estudo no âmbito das universidades que propõem aos seus alunos o tratamento destes temas. Passo a citar a referência: "Em relação ao 2º Ciclo (de Comunicação Educacional e Multimédia) existe a UC de opção “Media Digitais e Socialização”, em que se procura reflectir sobre a influência da utilização quotidiana dos media digitais nos processos de socialização das gerações mais jovens."




      Fonte: Seguranet

      Relatório do uso dos media pelas crianças e jovens Portugueses


      Os investigadores Gustavo Cardoso, Rita Espanha e Tiago Lapa do Centro de Investigação e Estudos em Sociologia, Instituto Superior de Ciências do Trabalho e da Empresa realizaram em 2007 um inquérito online a jovens com idade até ao 18 anos, metade frequentadores do ensino secundário e residentes em casa dos seus pais.

      O objectivo deste inquérito foi analisar e compreender os comportamentos em termos de uso dos media por parte dos jovens portugueses. Neste sentido, tentou-se perceber os seus hábitos em relação à televisão, aos jogos, à internet e ao telemóvel.
      Neste âmbito foi elaborada uma análise das utilizações da internet; dos sites e dos temas pesquisados, da frequência de uso, dos tempos de uso, das consequências do uso tendo-se identificado ainda os padrões de oportunidades e riscos.

      Para além disso, o estudo pretendeu analisar a percepção que os jovens têm da utilidade das TIC e da confiança que depositam nas novas tecnologias. O estudo visou ainda comparar a forma como os jovens e os pais lidavam com a evolução das tecnologias e que potenciais conflitos poderiam surgir entre os membros da família (de gerações diferentes).

      Algumas das conclusões deste relatório realizado em 2007 deixava antever as transformações que a sociedade juvenil em portugal iria assumir com a propriação das tecnologias e dos media tecnológicos, nomeadamente a nível do uso da internet, da criação dos blogues e do uso dos telemóveis.

      Este relatório de 2007 é assim o advento reflectido nos dias de hoje tendo sido possível identificar muitos dos aspectos apresentados neste trabalho de investigação com os inquéritos elaborados aos jovens no âmbito da actividade 4 da unidade curricular, de onde saliento:


      Em relação à Internet e às tecnologias em geral: 

      "...Entre os adolescentes mais familiarizados com o uso da internet, grande parte afirmam
      serem eles que mais sabem sobre internet em casa. "... Tudo isto poderá baralhar as relações tradicionais de poder em casa, fazendo com que a utilização das novas tecnologias por parte dos jovens gere focos de incerteza para os pais na aplicação de regras e de controlo sobre os filhos. Estudos sugerem mesmo o aumento do conflito entre pais e adolescentes em famílias onde o adolescente é considerado o peritona utilização dos novos media e em especial da internet. Adiantam ainda a hipótese de os conflitos serem maiores quando há pressão dos pais para reduzir a autonomia do adolescente, controlando o acesso à internet, e quando mostram reacções negativassobre o uso da mesma."

      Em relação aos telemóveis:

      "...A habituação ao telemóvel é visível em 57% dos jovens
      portugueses inquiridos que concordam ou concordam totalmente com a frase “Sinto-me
      muito ansioso/a quando não posso ter o meu telemóvel”."
      "...A situação em que uma maior percentagem de jovens declaram ter por hábito desligar o
      telemóvel é quando estão nas aulas (40,8%), seguida da situação em que os jovens se
      encontram no cinema (39,7%). Apenas uma minoria dos jovens declaram que desligam
      o telemóvel quando estão a estudar (18,6%) ou quando estão em família, às refeições, a
      ver televisão, etc. (11,4%).
      Uma fracção ligeiramente superior de rapazes afirma que desligam o telemóvel quando
      estão nas aulas (43,8%), em comparação com 36,9% das raparigas."

      Em relação aos blogues:

      "...Note-se que entre os inquiridos online mais de metade
      já fez um blogue e depreende-se que uma percentagem maior de inquiridos sabe que o é
      um blogue e que já visitou blogues."




      E-Generaration - Os usos de media pelas crianças e jovens em Portugal